Soluções para baixar o seu crédito habitação

19.02.2024
Soluções para baixar o seu crédito habitação

Saiba a que soluções pode recorrer em 2024 para reduzir a prestação mensal do seu crédito.

 

A subida das taxas Euribor nos últimos dois anos teve um enorme impacto nas finanças dos portugueses, com o aumento das prestações dos créditos habitação associados a este indexante.  Ao longo do último ano, o Governo foi adotando medidas para tentar mitigar o efeito da subida das taxas de juro com a possibilidade de amortizar antecipadamente, pedir a bonificação ou aderir à moratória de apoio ao crédito habitação. 

Existem ainda outras soluções que podem ajudar a reduzir o crédito à habitação no orçamento familiar, se estiver disposto a transferir ou renegociar as condições do seu crédito, com o alargamento do prazo, a alteração do spread ou das taxas de juros do seu crédito habitação, que são algumas das formas que tem ao seu dispor para minimizar o impacto da subida dos juros. Peça aconselhamento especializado aos especialistas de crédito da MAXFINANCE, que de forma gratuita e personalizada, poderão encontrar a melhor solução de financiamento para si.

 

BONIFICAÇÃO DOS JUROS

Até 31 de dezembro de 2024, estará em vigor a bonificação dos juros dos contratos de crédito para compra, obras ou construção de habitação própria e permanente. Esta medida permite que os mutuários tenham um desconto na componente de juros da prestação mensal. Estão abrangidos os contratos celebrados até 15 de março de 2023, com um montante inicial contratado igual ou inferior a 250 mil euros. Devem ainda estar associados a uma taxa de juro variável ou mista, desde que esteja no período variável e não pode haver prestações em atraso.

 

MORATÓRIA

A moratória de apoio ao crédito habitação, que entrou em vigor a 2 de novembro de 2023, pode ser pedida até ao dia 31 de março de 2024. Consiste na fixação, por um período de 24 meses, da prestação dos contratos de crédito para compra, obras ou construção de habitação própria permanente. Tal como na bonificação, estão abrangidos os contratos celebrados até 15 de março de 2023 associados a uma taxa de juro variável, em que não haja prestações em atraso. Além disso, têm de faltar mais de cinco anos para o fim do contrato e o cliente não pode estar abrangido pelo PARI ou pelo PERSI. Mas é importante que pondere antes de pedir este apoio, uma vez que terá uma dívida durante mais tempo e terá que pagar mais juros, e consequentemente, o resultado será a subida do custo total do empréstimo.

 

AMORTIZAÇÃO ANTECIPADA 

Nenhuma forma é mais eficaz para baixar o valor da prestação do que reduzir a dívida ao banco. Até 31 de dezembro de 2024, é possível amortizar de forma total ou parcial os empréstimos sem pagar a comissão por reembolso antecipado. Estão abrangidos os contratos de crédito habitação com taxa variável ou que, tendo sido contratados a taxa de juro mista, se encontrem em período de taxa variável. Amortizar antecipadamente o crédito habitação permite baixar a prestação ao reduzir o valor do capital em dívida e dos juros associados.

 

RENEGOCIAÇÃO DO CRÉDITO HABITAÇÃO

Outra forma de baixar a prestação é renegociar o contrato com o seu banco e alterar as condições. Mas ao contrário da moratória, a renegociação normal do crédito habitação permite baixar o custo total do empréstimo de várias formas. 

 

Alargamento do prazo

Estender o prazo do contrato é outra possibilidade e permite ganhar uma folga no seu orçamento no presente, mas o saldo final de juros a pagar poderá ser maior. Isto significa que, ao aumentar o número de anos do crédito, apesar de se gerar uma maior poupança no presente, no longo prazo o custo global do empréstimo acaba por aumentar, porque o período sobre o qual incidem os juros é alargado. O processo de alargamento do prazo do crédito habitação está também dependente da idade do titular do crédito. Atualmente, a maioria dos bancos, exige que o contrato termine antes de o seu titular atingir os 75 anos de idade.

 

Redução do spread

A forte aposta dos bancos na concessão de crédito à habitação é também sentido no spread que cobram sobre os contratos. De acordo com os preçários das dez principais instituições bancárias (que agregam mais de 95% do mercado de crédito habitação em Portugal), a média do spread mínimo praticado dos novos contratos à taxa variável é hoje inferior a 1%. Se o seu contrato de crédito à habitação tiver um spread acima de 1% e, se comprou casa entre 2011 e 2018 é muito provável que seja o seu caso, vale a pena consultar mais ofertas existentes no mercado. Uma décima a menos num crédito habitação, poderá fazer uma diferença de valor significativa por ano.

 

Alteração de taxa de juros

Antes de considerar a mudança de taxa, é importante perceber as vantagens e desvantagens das taxas fixas e das taxas variáveis. A principal vantagem de trocar para uma taxa fixa no crédito habitação é a possibilidade de ser mais estável, dada a oscilação da Euribor atual. Ou seja, tem a contrapartida de oferecer maior previsibilidade e segurança na gestão das suas contas. Existem ainda vários bancos estão a oferecer a possibilidade de aderir a uma taxa mista abaixo dos 4%, fixando a sua prestação durante um determinado período inicial do contrato, seguido de um período em que a taxa de juro é variável. Ambas as opções são mais favoráveis do que a taxa variável, que varia de acordo com as oscilações da Euribor.

 

TRANSFERÊNCIA DO CRÉDITO HABITAÇÃO

Na eventualidade de transferir o crédito para outra instituição financeira é necessário perceber se implicará mais despesas. Alguns bancos suportam todos os custos da transferência do crédito à habitação. Mas antes de tomar uma decisão, informe-se sobre os custos: comissão de reembolso antecipado, de abertura de processo, de avaliação do imóvel, de formalização do novo contrato, nova escritura e todos os impostos associados (imposto de selo sobre a transação e sobre o crédito, e o Imposto Municipal sobre Transmissões Onerosas de Imóveis (IMT). 

 

 

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